Você é uma das pessoas que não tem seguro residencial?
Bom, saiba que você não é o único, pois, de acordo com o Estadão, somente 15% dos imóveis brasileiros são protegidos por essa modalidade de seguro.
É dizer que 85% das residências brasileiras não contrata nenhum tipo de proteção.
E acreditamos que os motivos para um número tão alto são:
a) a falta de conhecimento sobre seu funcionamento e como recebê-lo se precisar;
b) o desconhecimento sobre seus reais benefícios;
c) a crença de que a seguradora não pague quando você mais precisa.
É por isso que dedicaremos esse texto a mostrar:
- como esse seguro funciona;
- quais coberturas possui;
- como recebê-lo no caso de algo vir a acontecer;
- assim como o que fazer caso a seguradora negue a indenização a você!
Vamos começar explicando o que é o Seguro Residencial!
O que é o Seguro Residencial?
É um seguro que protegerá sua residência como um todo, ou seja, é uma proteção que abrange tanto a casa em si, como os móveis e eletrodomésticos que estão dentro dela.
Para que serve um seguro residencial?
O seguro residencial serve para proteger seu patrimônio caso um imprevisto destrua sua casa ou seu conteúdo, de modo que proporciona ao segurado uma indenização com a qual ele possa repor o que foi destruído.
O exemplo clássico é o incêndio, caso a estrutura da residência seja comprometida, o seguro residencial irá arcar com os prejuízos e custos da reconstrução.
Como funciona o seguro residencial?
O seguro residencial funciona de forma a fornecer vários tipos de proteção associadas à sua casa.
Primeiro, com a cobertura básica, a qual protege contra incêndios, explosões e queda de raios.
E, em segundo lugar, com coberturas adicionais, as quais são muitas e variam de seguradora para seguradora, como exemplos citamos a cobertura para vendaval, roubo ou furto e danos elétricos.
Veja só, as coberturas básicas são aquelas sem as quais o seguro não existe.
Ou seja, para contratar o seguro, precisa que elas constem no contrato.
Já as coberturas adicionais são aquelas que o consumidor pode contratar para ampliar sua proteção.
Isto é, ficam a seu critério se serão inseridas no contrato ou não.
Com a escolha das coberturas, o segurado deverá definir um valor de indenização para cada cobertura.
Os valores definidos serão o teto que poderá ser recebido caso um evento segurado venha a ocorrer.
Para que você entenda, vamos exemplificar!
Imagine que um imóvel possua custo de mercado de 200 mil e que seu dono quis apenas as coberturas básicas.
Caso um incêndio aconteça e destrua a estrutura física do imóvel, a seguradora não irá indenizar em 200 mil.
Mas sim no valor de reconstrução do imóvel e reposição do seu conteúdo (móveis e eletrodomésticos).
Portanto, quando da contratação o dono do imóvel deverá se perguntar “qual o valor necessário para a reconstrução do meu imóvel caso um incêndio aconteça?”
50 mil? 100 mil? Esse deverá ser o valor contratado no seu seguro residencial.
E o valor escolhido pelo segurado será o teto a ser recebido.
Isto é, se contratou uma cobertura de 50 mil e seus danos foram de 75 mil, a seguradora só indenizará até o teto contratado.
Por fim, para que não fique nenhuma dúvida, iremos simular uma tabela com as coberturas possíveis e os supostos valores contratados, veja só:
Seguro Residencial | |
Coberturas | Valores contratados |
Incêndio | R$ 50.000,00 |
Explosão | R$30.000,00 |
Roubo ou Furto | R$ 25.000,00 |
Vendaval | R$ 5.000,00 |
Danos Elétricos | R$ 15.000,00 |
Veja que para cada cobertura, existe um valor como teto da indenização. É dizer que:
- Na hipótese de um incêndio, o segurado irá receber até 50 mil;
- Caso aconteça uma explosão, o segurado irá receber até 30 mil;
- Se bandidos entrarem na residência e levarem televisão, notebook e eletrodomésticos, o segurado irá receber até 25 mil para reposição de seus bens;
- Acontecendo um vendaval que destelhou a residência, o valor para conserto será de até 5 mil;
- Ocorrendo uma oscilação de energia que queime seus eletrodomésticos, o segurado terá até 15 mil para reposição dos bens.
Portanto, o valor escolhido pelo segurado no momento da contratação será o valor máximo que ele poderá receber.
Ainda, é importante ressaltar que o valor a ser recebido pelo segurado está vinculado ao valor de seus prejuízos, ou seja, será preciso comprovar o valor dos danos para poder receber a quantia equivalente.
Isto é, as coberturas não agem de forma automática no sentido de “aconteceu o incêndio, minha cobertura é R$ 50 mil, então receberei R$ 50 mil”.
Mas sim no sentido de “Um incêndio aconteceu e, após realizar o orçamento, chegamos ao valor de R$ 45.000,00 entre mão de obra e materiais para a reconstrução, esse será o valor da indenização”.
Portanto, o seguro residencial não funciona com vistas a lhe fornecer o valor da sua residência caso ela seja destruída.
E sim em fornecer um valor para reconstruí-la caso um evento a destrua.
Principais coberturas do Seguro Residencial
Depois de entender como funciona esse seguro, podemos falar de suas coberturas.
As coberturas são divididas em básicas e adicionais.
As coberturas básicas são as obrigatórias e deverão constar em todos os contratos de Seguro Residencial. São elas:
- Incêndio;
- Explosão;
- Queda de raio.
Já as adicionais são coberturas que possibilitam ao segurado ampliar as proteções para além da cobertura básica.
As coberturas adicionais são inúmeras e variam de seguradora para seguradora.
Vamos começar falando das Coberturas Básicas do Seguro Residencial!
Quais são as Coberturas Básicas do Seguro Residencial?
Como dissemos acima, as coberturas básicas são de Incêndio, explosão e queda de raio.
Contudo, essas coberturas possuem algumas especificidades, vamos começar a abordá-las.
Como funciona a Cobertura de Incêndio no Seguro Residencial?
Para entender essa cobertura e saber exatamente a abrangência de sua proteção você precisa saber o que é incêndio para a seguradora.
As seguradoras, em regra, entendem que incêndio é a ocorrência de fogo de maneira acidental e descontrolada que se propaga e causa danos e prejuízos.
Desta definição podemos tirar algumas conclusões, tais como:
- Caso um eletrodoméstico venha a sofrer um curto e pegar fogo, mas as chamas ficarem concentradas no objeto, sem o mínimo de propagação, não se trata de incêndio e por isso não haverá indenização.
- Na hipótese de o segurado colocar fogo na sua casa de maneira proposital, o evento deixa de ser acidental, ou seja, não haverá indenização.
- Se um incêndio acontecer, mas não gerar prejuízos, não haverá indenização.
Como funciona a cobertura de queda de raio no Seguro residencial?
A cobertura de queda de raio irá proteger contra fenômeno atmosférico de descarga elétrica que cause danos à residência segurada.
Ou seja, caso caia um raio que cause danos estruturais na casa do segurado, estes serão indenizados pela cobertura.
Como funciona a cobertura de explosão no Seguro Residencial?
A cobertura de explosão no Seguro Residencial funciona de forma a indenizar eventuais explosões que causem danos no âmbito da residência assegurada.
A explosão poderá ser tanto interna, uma panela de pressão ou botijão de gás, por exemplo.
Ou externa, como é o caso de produtos inflamáveis no quintal de seu vizinho explodirem.
Quais as Coberturas Adicionais do Seguro Residencial?
Como as coberturas adicionais são inúmeras e variam de seguradora para seguradora, iremos citar apenas as mais interessantes para os consumidores.
Vamos começar!
Como funciona a Cobertura para Danos Elétricos no Seguro Residencial?
A cobertura para danos elétricos funciona de modo a fornecer uma indenização quando oscilações de energia ou descargas elétricas ocasionarem danos na residência.
Portanto, é essa cobertura que promove restituição da televisão ou geladeira que queima, por exemplo.
É uma das coberturas adicionais mais contratadas em razão do fato de o Brasil ser um dos países com maior incidência de raios do mundo.
Como funciona a Cobertura para Vendaval no Seguro Residencial?
O exemplo clássico de danos causados por vendavais é o destelhamento de residências.
A depender da região, esse fenômeno da natureza possui época certa para sua ocorrência.
Portanto, as pessoas podem se proteger dos danos causados por vendavais por meio desta cobertura.
Como funciona a cobertura para inundação e alagamentos no Seguro Residencial?
Essa cobertura não é tão comum, mas deveria.
Já que muitos brasileiros sofrem todos os anos com inundações e alagamentos.
E, da mesma maneira que os vendavais, esse fenômeno tem época marcada para acontecer nas cidades.
Geralmente no começo do ano com o excesso de chuvas.
É normal que famílias percam inúmeros móveis e eletrodomésticos, bem como tenham danos estruturais em suas residências.
Essa cobertura é uma proteção exatamente contra isso.
Portanto, se você está sujeito a esse risco, é interessante verificar a possibilidade de adicionar essa cobertura ao seu seguro.
Como funciona a Cobertura para Roubo e Furto no Seguro Residencial?
A cobertura para roubo e furto no seguro residencial funciona de modo a restituir os bens levados pelos bandidos.
Poderá também indenizar os danos causados por arrombamentos para ingresso na residência.
Veja que essa é uma proteção contra um risco ao qual muitos brasileiros estão sujeitos.
Passo a passo para o consumidor receber a indenização em caso de sinistro!
Para você receber a indenização da seguradora em caso de sinistro você deverá realizar um levantamento de todos os danos que sofreu e apresentá-los para a seguradora.
Portanto, caso os seus danos envolvam bens que guarnecem o imóvel, tais como televisão, computador, eletrodomésticos em geral e outros, a nota fiscal serve.
Agora no caso de comprometimento do próprio imóvel, como nos casos de incêndio, vendaval que destelha a residência ou outra situação, você deverá apresentar orçamentos com valores para materiais e mão de obra de reconstrução.
O que fazer quando a seguradora não quer pagar o seguro?
Infelizmente é muito comum que as seguradoras negarem a indenização por algum motivo escuso ou com base em alguma cláusula abusiva e não informada ao consumidor quando da contratação.
Nesses casos o consumidor deverá buscar um advogado especialista em Direito do Consumidor.
Esse é o profissional adequado para lidar com as práticas abusivas das seguradoras.
Agora você já sabe tudo que precisa sobre o seguro residencial!
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